MENU, BANNERS, TRADUTOR E RELÓGIO

...........................................................................................Web R. Vida
.....................................................................................

Mensagens

Pesquisar este blog

O TESTEMUNHO DE REVELAÇÃO DE DEUS


João 5.37-39 – 37- O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma. 38- Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou. 39- Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
O filme “Uma Mente Brilhante”, vencedor de quatro “oscars” no ano de 2001, conta a história de John Nash, um brilhante matemático que sofria de uma doença psicológica chamada esquizofrenia, cujos sintomas se manifestam na forma de alucinações diversas. A maior dificuldade enfrentada por Nash e retratada no filme está em discernir entre a fala de seres humanos reais e as vozes de personagens criadas pela sua própria imaginação.
Vivemos num tempo onde os sintomas da esquizofrenia de John Nash parecem afetar a maioria dos seres humanos. Olhando para o mundo em nossa volta, vemos pessoas caminhando sem direção, sem saber a quem ouvir, sem conseguir distinguir as vozes entre um coro desencontrado de opiniões que lhes chegam, sem ter uma voz em que se possa confiar e que transmita a verdadeira segurança.
Em contrapartida, nós, cristãos reformados, sabemos muito bem a quem ouvir. Seguindo o exemplo dos reformadores, que ousaram ouvir somente a voz de Deus, através da Sua Palavra, em detrimento a outras vozes que alegavam ter autoridade igual ou superior à Bíblia, devemos levantar a bandeira da autoridade suprema das Escrituras como única testemunha fiel da Revelação de Deus, única regra de fé e de prática para o Seu Povo, conforme vemos neste texto.
Como cristãos avivados, precisamos resgatar ou seja, Somente a Escritura, que é a afirmação da suprema autoridade da Bíblia como norma determinante para todas as decisões de fé e da vida. Dela recebemos o conhecimento de Deus, mediante a ação do Espírito Santo e o testemunho confiável acerca da Revelação de Deus em Jesus Cristo. Sendo assim, propomos para nossa reflexão o seguinte tema: O Testemunho da Revelação de Deus.
Jesus apresenta-se aos seus interlocutores como aquele que expressa o caráter e as obras do Pai.  Mais adiante, quando ele afirma: “Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma”, está se referindo à realidade transcendente de Deus, oculta aos olhos e sentidos humanos em sua essência, que não podem conhecê-lo ou chegar-se a ele sozinhos, sem um ato divino de Jesus.
Amados “O Deus que revela a si mesmo é um Deus oculto e que coisas ocultas pertencem a ele”. Em Jesus, o Deus que estava oculto aos seres humanos revela seu caráter, sua essência, seus atributos e seu amor de forma plena e definitiva.
 Não obstante, o mesmo Deus também dá testemunho acerca desta Revelação. Por isso, entendemos que o testemunho da Revelação de Deus é ato do próprio Deus. Este é um dos aspecto que quero analisar com vocês.
Primeiro - O testemunho da Revelação de Deus é ato do próprio Deus (v. 37)
No versículo 37a, Jesus afirma que o Pai que o enviou ao mundo é o mesmo que testemunha a seu respeito, quando diz: “O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim”. Podemos afirmar, então, que é ato de Deus revelar-se e é igualmente ato dele confirmar essa Revelação e dar autoridade ao seu testemunho.
A verdadeira Revelação é Jesus Cristo, o logos (Palavra) de Deus João 1:1-14, assim como nos lemos em Hebreus 1.1-3a: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser”.
Ainda que Deus tenha dado progressivos estágios desta Revelação, testemunhado pelos escritores do Antigo Testamento, é em Jesus que ela se completa e alcança o seu estágio de plenitude.
Sendo Jesus a plena Revelação, a verdadeira Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras se constituem no testemunho inspirado desta Palavra. Me atrevo a dizer que: “A Escritura conta-nos o que é a revelação passada de Deus que nós precisamos recordar. Ela faz isto, em primeira instância, simplesmente pelo fato de ser o Cânon a Regra.” 
A Bíblia traz às nossas mentes, de forma clara e inequívoca, a ação de Deus através da história por meio de palavras de homens e mulheres que foram suas testemunhas. Por meio das Sagradas Escrituras, Deus perpetuou de modo indelével a sua própria Revelação aos homens como o caminho para si mesmo.
 “Portanto, sendo os homens incapazes de encontrar a verdade mediante a razão pura, e tendo necessidade do apoio da Sagrada Escritura, eu já começo a crer que não concederias tanta autoridade por toda a terra a estes Livros Sagrados se não tivesses querido que se acreditasse NELE e se buscasse a ELE através deles” .
Jesus é a Palavra de Deus e as palavras humanas da Bíblia trazem o testemunho desta Palavra quando o Espírito Santo move-se através delas. Sua força, persuasão e eloqüência subsistem no testemunho do próprio Espírito de Deus e não em quaisquer habilidades humanas.
A menos que haja essa certeza, pelo testemunho do Espírito, que é maior e mais forte que qualquer juízo humano, será fútil defender a autoridade da Escritura através de argumentos, ou apoiá-la com o consenso da Igreja, ou fortalecê-lo com outros auxílios.
Segundo - O testemunho da Revelação de Deus deve ser recebido em obediência (v. 38)
No versículo 38, Jesus faz uma dura crítica aos seus interlocutores, afirmando que mesmo recebendo o testemunho de Deus, eles permaneciam incrédulos. Ele afirma: “Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou”.
Aqueles homens partilhavam de uma tradição religiosa que havia recebido a palavra da lei mosaica e dos profetas, estágios do testemunho da Revelação de Deus. Todavia, permaneciam empedernidos e afastados da verdadeira Revelação.
A aceitação da Palavra em obediência é aquilo que se requer de todo aquele que ouve a voz do Senhor, pela ação do Espírito.
É assim que entendemos na Confissão de Fé de Westminster: “A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou Igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a Palavra de Deus”.
A aceitação do testemunho da Revelação enquanto Palavra de Deus é uma atitude de obediência que só é possível àqueles que possuem o conhecimento de Deus através de Jesus Cristo. O conhecimento da verdade deste auto-testemunho, o conhecimento desta única autoridade, permanece ou cai com o conhecimento de que Jesus Cristo é a encarnação do Filho de Deus.
É somente mediante a fé, dom de Deus para os seus eleitos, que podemos compreender e obedecer à Sua Palavra. “O objeto de fé faz-se conhecido somente à fé”. É por meio da fé que conhecemos a Deus e nos achegamos a ele, sendo ela também o instrumento pelo qual somos capacitados a crer e obedecer ao Senhor.
Entretanto, vemos pessoas dando ouvidos a diversas vozes como sendo Palavra de Deus, fora da Escritura. Diversas doutrinas e modismos têm sido embasados a partir de revelações especiais e extras bíblicas.
E não são apenas os movimentos carismáticos que padecem deste mal. Muitos círculos reformados se deixam seduzir pelas opiniões deste ou daquele líder, aceitas sem nenhum tipo de reflexão, não atentando para a autoridade exclusiva da Sagrada Escritura sobre a vida dos cristãos.
Martinho Lutero refletiu sobre muitas das afirmações eclesiásticas de seu tempo e asseverou: “O que for afirmado sem as Escrituras, deve ser considerado opinião, mas não precisamos crer nisso.” 
Terceiro - O testemunho da Revelação de Deus transforma as nossas vidas (v.39)
No versículo 39, Jesus confronta novamente os seus ouvintes com a sua própria tradição religiosa. Ele aponta para a fonte desta tradição, dizendo: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
Afirmavam crer nas Escrituras do Antigo Testamento, testemunho da ação de Deus na vida do seu povo, mas teimavam em não dar crédito à mensagem daquele que fora enviado pelo Pai. Por isso, Jesus recorre não somente à autoridade das Sagradas Escrituras naquela sociedade, mas também ao seu poder transformador e vivificador.
Este poder da Sagrada Escritura é atestado por Lutero que afirma: “A Palavra de Deus é viva. Isso significa que torna vivos os que crêem nela. Portanto, temos que correr para ela antes que pereçamos e morramos”.
A Escritura é o canal da ação do Espírito, é a Palavra Viva que testifica em nossos corações os valores do Reino de Cristo e o poder do seu Evangelho. É mediante a proclamação da Palavra de Deus que a graça nos alcança, como nos diz o apóstolo Paulo em Romanos 10.17 - “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”.
É nesta verdade que entendemos, conforme preceitua a Confissão de Fé de Westminster, que a Escritura testemunha “a plena revelação que se faz no único meio de salvar-se o homem que provém da operação interna do Espírito Santo que, pela Palavra e com a Palavra, testifica em nosso coração”.
É também por meio do testemunho da Escritura que caminhamos na nova vida que recebemos de Deus. Transformados, regenerados, caminhando para a vida eterna, não podemos deixar de pautar os nossos passos naquela que é: “lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos” Salmo 119.105. Para mim, a nova vida em Cristo “é o cumprimento da lei de Deus”.
Além disso, se fomos e, continuamente, somos transformados pelo poder do testemunho da Palavra de Deus, é tarefa nossa passá-lo adiante para que outras vidas sejam alcançadas.
Se nós, de fato, encontramos a vida eterna nas Escrituras que testificam e testemunham a respeito de Cristo, nos sentiremos instados a pregá-la sob a unção e o poder de Deus.
Concluindo, mediante todas essas verdades, somos conclamados pelo próprio Espírito de Deus a mergulhar nos braços daquele que se revelou a nós por intermédio de Jesus Cristo. Somos desafiados a confiar no testemunho inspirado desta Revelação, a Bíblia Sagrada, obedecendo ao Senhor e proclamando esta Palavra a todos os seres humanos. Somos convidados a entregar ainda mais as nossas vidas nas mãos daquele que tem todo o poder para transformar-nos e moldar-nos segundo a sua vontade.
Assim, mesmo vivendo em meio a um mundo doente, que muito mais que qualquer esquizofrenia, sofre do pior dos males: a alienação em relação a Deus, que se reflete na falta de sentido e direção para a vida; nós não podemos nos contaminar, pelo contrário, temos que ouvir e fazer ouvida a voz do Senhor, conforme recebemos no testemunho das Sagradas Escrituras.
Os reformadores tiveram um trabalho incansável na sua impetuosidade e intrepidez em afirmar e reafirmar estes valores, transformando-se em exemplos de fé e submissão à Palavra e ao Deus da Palavra. Agora é a nossa vez!
Precisamos cumprir cabalmente e com fidelidade o ministério aos qual nós fomos chamados. Inspirados pelo testemunho bíblico da Revelação que nos foi outorgada, devemos responder à voz do Senhor que nos vocacionou e colocarmo-nos a proclamar com toda ousadia esta Palavra.
Que o Deus Revelado em Cristo Jesus, testemunhado conforme a Sagrada Escritura assim nos abençoe. Amém!
DEUS OS ABENÇOE...

0 comentários:

Postar um comentário

e-MAIL

. . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . .. . . . .. . .